25 de dez. de 2007

Poema


A casa e a mulata


E como de um estranho jeito, se partiu o pranto que outrora chegou,
E a rotina entristecida, se encheu de vida, como jamais se ousou,
A casa então escurecida, que por amores gris, assim tonalizou,
Levava o ar de toda a graça, daquela mulata que por ali entrou.


E cada canto desta casa, agora encantado com aquele olhar,
Clamava por aquela moça, a EVA redentora daquele lugar,
Iria reparar os danos, consertar enganos, a louça enxugar,
Retiraria toda dor, como tirava o lixo, pro’ lixeiro pegar,
A comida deixaria pronta, dentro do microondas, pro’ dono esquentar,
E assim, depois de tudo pronto, cama, mesa, banho, e o enxoval trocar,
Colocaria ali seu cheiro, que enfeitaria o meio, dizendo enfim, ”isto é um lar”.

Mas de nada adianta, moça tão santa, em meio às brigas daquele lugar,
Confrontos tolos desentoam o amor que a casa viu começar,
E se a casa sente que tal amor é ausente, naquele tão quebrado lar,
Espera que a mulata traga, o brilho, outrora intenso, que a casa viu acabar.

E por tão grande obra do destino, que daquela casa, os sonhos levou,
De nada acontecera ali, que aquela casa, em sonhos, sonhou,
O espaço fora toda limpo, um brilho irradiante que a mulata deixou,
Mas como apagar as dores, as memórias anteriores, que a casa presenciou?
Como mudar os rumos, de uma casa, que a felicidade abandonou?
Depois de cama, mesa, banho, enxovais que a mulata trocou,
Não foram trocadas as brigas, as decepções que o tempo criou.

E se casa chora, por uma alegria que já não pertence aquele lugar,
Lembra-se da mulata, a moça santa que sabe como irradiar,
Transforma trevas em luz, nos seus serviços, de anjo do lar,
Reconstrói a paz que era a redentora, mas que agora acabou,
E a casa, sempre espera, a tal da mulata, que em meio ao caos, chegou.

.
(Rômulo Chaul/Henrique Xavier)

21 de dez. de 2007

Poema


Samba do amor que finda

Adeus amor, adeus.
Que a vida te dê carinho
Um amor de verdade, de quem sinta saudade,
Uma cara metade, um alguém só seu!
Adeus amor, adeus.
Vai correndo e não pare,
Não pense demais, não olhe pra trás!

Se a vida te der um alguém pra amar
Aproveite a chance tente não complicar
Ao contrário, vai ver, seu amor se perder
Você se arrasar, sua vida parar.

Quem perdeu um grande amor
Sabe bem do que eu falo
Que vida cigana é essa
Que te consome no embalo?!

É por isso que eu canto
Esse samba cheio de dor!
Que é pra informar ao mundo todo
Que perdi o meu amor!

E é por isso que eu canto
Nesse sambar de amor
Vá com Deus e cuide-se bem
Seja feliz com seu novo alguém,
Meu grande amor!
.
(Rômulo Chaul)

11 de dez. de 2007

Poema


A Obra é Poesia

Cor, tamanho, leveza é
Mais que mera materialidade
Tudo que engloba a beleza
Dessa nossa confusa obra de arte

A técnica usada é
Pura contradição
A palavra é mais que mero saber
Tentar entender, só aumenta
A dor do ser, que é
Somente razão

Emoção,
A partitura da nossa música
Solidão,
O tom da nossa nota
Sinfonia perfeita que engloba
A melodia da paixão
Que ainda não teve a sua cota

Pra finalizar,
O ritmo é o toque final
Gingado, lirismo, tudo e tal
Que enfeita a alegoria do nosso
Carnaval
.
(Rômulo Chaul)

Poema


Solidão

“A solidão é meu cigarro”
Meu veneno de cada dia
A droga que me corrompe
Pra preencher essa vida vazia

Vida que flutua sem rumo
Que tomo sem saber aonde vou
Que solidão é essa,
Amiga do peito, que me segue aonde vou?
Que pessoa amarga é essa?
Me diga!

...

Eu sou?!

Amargo a solidão me deixou
Agora, ela não me diz
Se levo pra morte a vida
Ou se escapo dela por um triz.
.
(Rômulo Chaul)

2 de dez. de 2007

Poema


2/12
Desde que você se foi
O mais simples dos abraços
Molha meu olho
...
Que não crê!

29 de nov. de 2007

Poema


Ponto

Não quero ser o ponto final
Dessa sua história sem fim
Entre meios e embaraços
Entre laços de cansaço
Entre beijos e juras
Mascaradas de figuras

Seu suor muito me agrada
Mas meu temor diz não.
Por fraquejar
Vou por ai tentar me inspirar
Nesse seu abraço
Em descaso
Com a solidão

Amiga do peito
E com muito respeito afirmo
Que esse embaraço
É mau jeito, é prosa amada
Verso de poesia
Uma lira desgovernada
Cheirando a fantasia

Não quero ser o ponto final
Dessa sua história sem fim
Entremeios de te ganhar
Anseios de te perder
Luto, poeta torto,
Perdido em poesia:
O ponto final que fique pra outro dia!
.
(Rômulo Chaul)

21 de nov. de 2007

Poema


Pá furada

Eu te quis, sem saber o porque
Nem a hora, nem o talvez,
Simplesmente te quis.
E o talvez, nem teve hora
Não teve porque, não teve raiz!
Escala em sol maior
Não teve lira nem compêndio
Esqueci o ré e o dó menor

Eu te quis, antes de mais nada
Nem cruz nem espada
Nem Djavan com flor de lis
Eu te quis!
Eu te quis, como jamais pudera
Nem cordeiro nem quimera
Quem pudera imaginar:
Eu ainda te quero, eu sempre te quis!

Hoje, com tempo e contratempos
Repito: Eu te quis!
Eu, só me acho em ti!

E reencontro, todo dia quando acordo
O sentimento gratuito de te querer!
E ver que vida é mais que parapeito
São opostos estreitos, ruas cruzadas!
E sem medo afirmo, sem receio do remorso:
Amor, sem você sou pá furada!
.
(Rômulo Chaul)

16 de nov. de 2007

Poema


Certa Vez

Certa vez você me disse:
“- Depois de tantas brigas,
Sabe o que eu reparei?
Que pela primeira vez na vida,
Eu nem sequer chorei!”

Certa vez você me emudeceu:
“-Hoje você me perdeu
No primeiro grito
Que você deu!”

Certa vez você me falou:
“-O que aconteceu com nós?
Porque a gente está assim?
O que foi que mudou?”

Certa vez você me alertou:
“-Cuidado, quem só dá carinho
E não recebe, não sente falta!”
(Nosso amor está na UTI,
E parece que não vai receber alta)

Certa vez eu te pedi:
Não cometa os mesmo erros
Que eu cometi!

Aliás, ferida Re-aberta
Demora mais pra cicatrizar!
.
(Rômulo Chaul)

Poema

“Toda saudade é uma espécie de velhice”

Sim,
Estou com saudades de um tempo, que não volta mais
Em que tudo tinha mais graça, em que o céu
Era muito mais colorido, e o Sol não incomodava tanto.

Estou com saudade de andar na rua e achar graça
De tudo aquilo que reluz.
Hoje,aos prantos, grito aos quatro cantos:
-Pra onde você se foi?!!

E foi de tal jeito que nem deixou rastros
Nesses braços castos, em que um dia se deitou
De longe, tão distante pediu a felicidade:
-Acolhe aquele que mais me amou

Por óbvios motivos creio que não fui eu
Já que há tempos não sei o que é sorrir
Alias, sorrir virou minha sina
Sorrio para os velhos e para as meninas

Sorrio como o triste palhaço
Que a todos diverte tentando disfarçar
E por mais alegre que pareça a dor do palhaço
Tal tristeza, se percebe no olhar

Saudade, filme em preto e branco
Sonhando sandices,
De Guimarães
Rosa que corta o peito, e com todo respeito,
Confirmo:
Toda saudade é uma espécie de velhice!

.

(Rômulo Chaul)

4 de nov. de 2007

Crônica


A banalização do ato

“Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente” já dizia Camões. Então porque tanta gente sofre pro amor? Porque tanta gente mata, morre e causa dor em nome do amor?
É engraçado, hoje em dia o amor é banalizado, assim como o ‘eu te amo’ é banalizado. As pessoas o usam a toa, a toda hora, sem se darem conta do seu significado, da sua força. O ‘eu te amo’ está tão comum quanto nosso ‘bom dia’, tão significativo quanto nosso ‘como vai?’ e tão sincero quanto nosso ‘bem e você?’. O amor caiu em desuso.
Mas se levarmos em conta o estilo de vida dessa geração é fácil entender isso. O mundo está cada vez mais individualista. O ser humano se acostuma cada vez mais em ser solitário, apensar só nele, a ser mais frio e insensível. Tanto é verdade que hoje em dia trombamos uns com os outros só pra ver se ainda sentimos. Pra ver se estamos vivos.
Eu até entendo Camões, antigamente amar era pra vida ‘toda’, era pra sempre, mesmo que sempre não seja todo dia. Hoje amar é brega, é tolice, “coisa pra trouxa”, bom é curtir, é ficar. Não que relacionamento a dois seja fácil, pelo contrário, é mais difícil do que se pensa, conviver com outro ser humano diariamente requer esforço, vontade. Já dizia o poeta goiano Marcos Caiado: “Vida a dois é assim: Num dia rima, no outro, esgrima”.
Porém essa geração não quer amar, não quer sentir, quer apenas satisfazer seu anseio, matar sua vontade, por isso banaliza o ‘inbanalizavel’, mata o imortal. E quando em seu desespero de suprir seu vazio, o ser humano se vê na iminência de perder seu ‘amor’, morre e se mata em nome dele. Mata e morre sem entendê-lo. Mata e morre da mesma maneira banal que usa o amor.
Camões que me perdoe, mas o Amor caiu em desuso!

(Rômulo Chaul)

15 de out. de 2007

Poema


Sem ti
(mentos)

Nosso amor é assim:
Irreal e verídico, belo e bobo
Um abstrato realista que tramita entre
O Jornal Nacional e as novelas da Globo

Mentiras verdadeiras e absurdas verdades
Um belo resumo de uma epopéia maior
Cópias originais e programas religiosos
Bem ao estilo da TV Record

Em geral, é aquele vai e vem,
Um dia a gente ainda se vê
Novela mexicana contraditória assim,
Só mesmo no SBT

Ficção documentada, confusão entre iguais
Amor estranha assim eu nunca vi
Nem mesmo nas vinhetas da MTV,
Passando assim:
“No Telecine e em outros canais”
.
(Rômulo Chaul)

8 de out. de 2007

Poema

Espelho

Olho para o espelho,
Não vejo nada
Nem ninguém.

Não vejo nada além,
Dessa miopia
De sonhos perdidos
Desse navio sem rumo.

Meu olhar profundo
Me procura
Onde estou?
Quem é você?

Não me reconheço
Nesse olhar velho e cansado
E esse rosto enrugado
Que me vê?
Cadê eu?
...

“Cadê você?”
Responde o espelho
Os anos não perdoam...

E essa velha face indaga:
Cadê o menino
Que um dia eu vi aqui?!
Cadê aquele olhar?
O brilho?

...

- Perdi!

.

(Rômulo Chaul)

30 de set. de 2007

Poema



Eu – Reticências – Você

Vai e não volta,
Aliás, volta, da meia volta.
Volta pra mim!

Desde que você se foi
Foi o vento,
Foi o Sol
Foram as nuvens brancas de Setembro!

No espelho do banheiro
As mensagens de amor
Que mancharam meu lençol.

De engano!

Volta!
Dá meia volta!
Não volta pra mim!

O vazio da casa, sem graça
É você aqui!
Há mais solidão num aeroporto?
Que nada!
E nosso quarto de amor barato?
Cadê o Atrito?
Cadê o Contrato?

Você, minha penicilina!
Minha bomba aérea,
Me atirando ao AR

Volta!
Volta menina!
Vem cá!

E você veio?
Não sei, não esperei,
Não fiquei pra ver o seu retorno!
Desta vez, você que se pergunte:
– Onde foi que eu errei !?

.

(Rômulo Chaul)

24 de set. de 2007

Poema de um ano

Futuro a dois

Há um ano, fizemos uma escolha,
Juntar destinos, mudar rotinas, atar nós.
Um erro grave que nós cometemos?
Que nada!
Até hoje me alegro só de ouvir tua voz!

Voz essa que preenche o AR
Ana e Rômulo!
Que junção boa!
Que bons frutos dará!

Depois de um ano e olhando pra traz,
Que amor nós vivemos!
Que histórias ainda teremos?
Nem sei...
Deixa rolar!

Deixa rolar a vida, que juntos ficaremos.
O amor só vai crescendo
E daqui pra frente?
Nosso futuro a dois, Deus trará!
.
(Rômulo Chaul)

20 de set. de 2007

Poema





Deserto / Dê certo

Andando nesse deserto me desencontro
Me perco nessa procura.
Procuro por você

Meu porto inseguro, sem foco, sem rumo
Meu perigo oportuno,
Amor de bambolê

Miragens, delírios, sonhos irreais
Eu sei qual é a graça desses amores ilegais

Miragens, delírios, amores naturais
Eu sei qual é a graça desses nossos carnavais

Nesse deserto em maré alta
Gente é o que não falta
O que falta mesmo é você

Com você não há nenhum vazio
E nem o maior dos vadios
Sabe mesmo o que é sofrer.
.
(Rômulo Chaul)

Poema


I’m really falling down

Já dizia o poeta.
Se você não está aqui,
Fico assim:
Triste, abatido, upside down.

Sempre que eu te vejo
Me dá vontade de voar...

... No seu pescoço!

Te enterrar no coração,
Viver a vida assim, sem gosto,
Com a dor do desgosto,
Solidão!

Sua presença me traz alegria
Me permito até sorrir.
Alegre, porém, me desconheço!
Vestido de utopia
Eu nem penso em desistir...

... Penso sim!

E quando isso acontece,
Morro!
Lembro do nosso final
Aí me vem o poeta:
- I’m really falling down

“- Azar o seu !”
.
(Rômulo Chaul)

10 de set. de 2007

Poema


A Procura

Procurei palavras para descrever
À vida ao seu lado
Procurei em lendas, poemas,
Aqui e ali, pesquisei tudo que é fato.

Procurei sentidos para expressar
Esse amor que sinto
Procurei em castelos e igrejas,
Acredite, eu não minto!

Procurei conselhos para agüentar
Essa dor que dá no peito
Procurei em parentes e amigos
Mas amor é confuso desse jeito

Procurei tanto por respostas
Para explicar o nosso amor
Procurei na vida e na poesia
A rima perfeita, que não seja ‘dor’

E antes que o dia acabe
Eu te direi:
Pra amor igual ao meu,
a única rima é você!
.
(Rômulo Chaul)

6 de set. de 2007

Sempre não é todo dia...


Hoje o dia nem está nada bom, mas como diria Homer Simpson: - Calma, hoje é o pior dia da sua vida, até agora! Então nada que me leve ao desespero...
Hehehehe
Que coisa mais emo, se bem que hj tem Nxzero na cidade (diga-se de passagem, que isso consegue me deprimir ainda mais) almoço ruim, pós-almoço pior ainda (se é que VC me entende) então nada melhor pra cura esse mix de tristeza e raiva do que Poemas de Marcos Caiado (Marcaiá) e uma música de Violins, se bem que Violins tem muito o que me convencer ainda...
Porém essa letra é boa!

Marcos Caiado

I

seja amor
ou love

love
ou amor

tome antes um engov
depois um anador.

II

esquece tudo o que eu disse
frases, juras, promessas.
: foi!... era tudo sandice!

esquece meu endereço,
a data daquele ingresso
e todo gosto do meu beiço.

esquece.esquece.esquece.

já que este amor moderno
pretere laços e acabamento,
cumprido está o seu papel.

gasta a reza em outro templo,
mesmo deus muda de céu.
iça a vela... salve o vento!

esquece!

III

você roubou
os meus salvo-condutos,

os meus lábios sujos
e minha ausência de parafusos...

roubou-me inúmeras dúzias
de preciosos 50 minutos.

abraços dementes, idades, idéias
e eus confusos.

você roubou a arquitetura
do meu educandário,

a margarida da praça, a praça,
e o relógio do rosário.

relegou meu abecedário
ao molho,
furou cada um
dos meus quase cem olhos:

- você me deixou!

IV

nada a declarar.
a não ser que estou cansado e sem escudos.
que depois que você foi embora, os deuses ficaram mudos.
que as borboletas voaram pra outros mundos
e eu fiquei só.
só eu e os meus cadernos,
à mercê dos mais profundos invernos...

nada a declarar:
a não ser que eu estou cansado e sem horizontes.
que depois da sua partida,
os amigos se debandaram aos montes
dizendo o quanto fiquei chato e intragável.
e quando até o automóvel se nega a dar partida,
repito comigo mesmo: coisas da vida... vai passar!
a droga, é que nunca passa.
o foda, é que tudo perdeu a graça.
(vale acrescentar!)

vale acrescentar
que, cada vez que bato à porta da alegria,
ela grita de longe: passa outro dia!
tá tudo muito escuro.
sequer o futuro acredita num claro despertar...
ficamos então combinados:
vou dormir com mais este maço de desagravos
e se por acaso acordar do meio deste pesadelo,
peço desculpas a ele.
viro de lado e digo: coisas da vida, amigo...
pode continuar!

....

Agora Violins

Atriz

Pode ser que eu não me convença ao ver você morrer
Que eu não veja paz em ver você sorrir
Mas quando você chora eu posso ser melhor por ser feliz
O que eu não posso é acordar com você gritando assim
Que vai pular e que eu nunca quis
Ver você se apresentar numa peça, eu sempre quis!
"mas nunca dá", você me diz
Vai saber quantos corpos jazem sob o seu poder
Quantos beijos você quis distribuir
E eu que nunca sei se você pensa mesmo em ser atriz
O que eu não posso é divulgar que você é boa atriz
Quis se matar pra quê? me diz!
Vir você me ameaçar depois de tudo o que eu te fiz
É só enxergar o seu nariz
Pro seu bem, eu não durmo mais

...

E eu, como aspirante a poeta, plagio:

Nada a declara:
só que estou com saudades.
que depois que você se foi, tudo perdeu sentido,
nada mais se faz entendido.
que a vida vã, me fez menino outra vez
pra poder brincar de amor
e o amor me fez homem,
já que menino não suporta DOR.

4 de set. de 2007

Os Tribalistas


Eu estou aqui fuçando na internet e ouvindo música, e resolvi 'ressuscitar' uma boa banda. OS TRIBALISTAS, a junção totalmente excelente entre Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Marisa Monte. É apenas um projeto paralelo deles, mas o CD é tão bom que bem que podia render um segundo 'reencontro'. Pq apesar de estarem sempre gravando música um do outro, mais um CD com os três valeria muito a pena!
Uma das minhas músicas preferidas do CD é "Um a um". Boa letra, boa melodia, bastante agradável de ouvir e como dizem as 'meninas', é bem "bunitinha".
A letra pra quem interessa!

"Eu não quero ganhar
Eu quero chegar junto
Sem perder
Eu quero um a um
Com você
No fundo não vê
Eu só quero dar prazer
Me ensina a fazer
Canção com você
Em dois
Corpo a corpo me perder
Ganhar
Você
Muito além do tempo regulamentar
Esse jogo não vai acabar
É bom de se jogar
Nós dois
Um a um"

Uma manhã bem acordada


4:00 h AM

- Acho que vou bebe uma água

5:55 h AM

- Nossa ainda dá pra durmir um pouquinho!

6:40 h AM

- "Minino vc ainda tá durmindo!?????"

- Ai meu Deus eu to atrasado!!!!!

3 de set. de 2007

Eu hoje encanei com Oswaldo Montenegro.


Nem sei ao certo o porquê. Eu gosto dele, acho que ele escreve bem, canta bem também, tocar eu já não sei, pq não entendo muito de música, mas hoje não sei o que me deu, encanei com ele.

Hoje eu estava na faculdade, ouvindo iPod e esperando a aula (Teoria da Imagem) começar e de repente eu vi lá na lista de artistas "Oswaldo Montenegro", aí já viu neh!? No frio da manhã, aquele clima propício pra depressão, que que tem rola um Oswaldo. Encanei, toda hora que dava um tempinho ouvia. Acho que ele meche com a gente.

Oswaldo tem talento pra escrever musica triste, isso é Fato! Eu pelo menos gosto muito mais das musicas tristes dele do que as alegres. Por exemplo, é "A Voz da Tela" e "Em Tempo". Mas nenhuma musica dele se supera, em tristeza, da "No final da brincadeira". Pensa numa musica tensa! Uma melodia forte somada a uma letra mais forte ainda!

É pra chora!

2 de set. de 2007

Poema


TPM

(para Ana Paula Machado)

Uma vez por mês
Tenho aquela sensação,
(Que me angustia e me reprime)
Como em poeta louco,
que
Trancado nas idéias,
se
Embriaga em um porão,
Se matando um pouco
Louco
E sem razão.

Não existo por completo.
Me irrito e te maltrato
Destrato,
Magôo.
E se sangra, passa!
Mas e tudo que se fez?
“- Releva, passa!”
A brincadeira não acaba,
A graça não escassa
Se você sangra uma vez por mês.

(Rômulo Chaul)