19 de nov. de 2009

Música e eu

Sem Palavras

Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar

Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar (não!)

Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?

Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz
Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais...

Não é medo, nem é riso
Não é raso, não é pouco, nem é oco
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é tolo, não é louco
Não é isso, não é rouco
Não é fraco, não é dito, não é morto
Não, não, não, não!

Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender...

(Móveis Coloniais de Acaju)

17 de nov. de 2009

Trecho

“Três crianças sem dinheiro e sem moral
Não ouviram a voz suave que
Era uma lágrima
E se esqueceram de avisar pra todo mundo
Ela talvez tivesse nome, e era Fátima
E de repente o vinho virou água
E a ferida não cicatrizou
E o limpo se sujou
E no terceiro dia ninguém
Ressuscitou...”

12 de nov. de 2009

Maysa e eu

Pq hoje eu acordei querendo beber, fumar e te mandar para o inferno...

5 de nov. de 2009

Poema



Papel de Mulher

De longe,
Quieta no seu lugar
Preservando pra si
Um desconforto qualquer
Mistério de moça
Confortada com a solidão

Eu a vejo distante
E me sinto engasgar
A tristeza guardada
A sinto engasgar
Morrendo aos pedaços
Não se deixa ajudar

Toda atenção que me chama
Por não conseguir sorrir
De todas as formas que fiz
Pra tentar te fazer feliz
Eu não consegui...

Eu não quero mais
Essa dor, esses ais...

.
(Rômulo Chaul)