29 de ago. de 2011

Poema

Aposta


“Ninguém nunca me ganhou
assim tão rápido”
Eu te sussurro ao pé do ouvido
Enquanto me entrego
A carícias, promessas e ideais,
Jurando que você é
Meu príncipe no cavalo branco


Me perco um tanto
Na tentativa de ter você
Encerro uma vida
Outros sonhos, vários planos
Parto outros tantos
Contos de amor.


“-Nada mais importa”


Encaro horas de viagem
Uma carona suja
Só pra te ter mais por perto
Só pra ver se isso me anima


Seu charme, seu estilo
Seu cabelo e mimo
De gente viajada,
Mundo que deixa encantada
Essa minha visão de menina.


“-É assim que a vida ensina”

Agora me entrego
Caindo de cara, expondo a tara
Dessa nossa relação.
Sem me preocupar com maiores esquetes

Estou apostando tudo em você

Não me sacaneia.

“-Promete?”


.
(Rômulo Chaul)



22 de ago. de 2011

Poemette

Ando a esmo nos corredores
Pra ver se te trombo.
A cada esquina,
A cada canto,
Um tanto do amor
Que chegou a acabar.

Dos tempos em que você
Vinha de longe
E corria pro abraço
Ocupando todo o espaço
e silêncio.

-Silêncio!

O que restou foi poeira
Que insiste em nos sujar.

.
(Rômulo Chaul)

19 de ago. de 2011

Poema

Arremate


De tom pronto e posto
Ela deu basta.
Chega de farsa,
Em que me finjo feliz
Chega dessa peça
De papel de meretriz


Já me esforcei demais
Dando murro em ponta de faca
Tentando dar certo
Algo que acabou,


Ficou relegado ao pó
E não foi varrido
Amor bandido
Em que me entreguei


Esfolei a tatuagem
De coração lacrado
Relegado a cantos e traças
Enquanto tantos outros a caça
Do seu bem maior


E eu que achava que fosse te ver
E como das outras vezes, outras brigas
Sentir algo, me sentir pior
Nada.


Nem frio, nem vontade, nem vazio
Vendo você dizer sofrer
Sozinho,
Eu mal me comovi
Eu nada mudaria.


Do que resta de nós
Sobra eu só
Pronta pra outros amores
Vivendo em calmaria


.
(Rômulo Chaul)

16 de ago. de 2011

Poema




De volta ao amor


Eu preciso me reorganizar.

Não estou em paz ainda.

Preciso de um porto, um cais.

Um lugar pra descansar as feridas

Mas fico sem saber o que fazer.

Às vezes, minha alma se finda.


Entre corações dilacerados

Corações apaixonados,

A dualidade me move

E comove, fazendo de mim

Marionete do meu coração.

Vazio e oco, apaixonado e cantante

Verbo, vertente e montante,

Canto, ligo, beijo e paixão.


O príncipe virou sapo

E nem me deu tempo

De chorar.

Verdades insanas, vida profana

Mel que se foi no ar.

O romantismo acaba e o que me resta

É o realismo

Com sua sinceridade mórbida

Que te acorda no meio da noite

Pra dizer: - Relaxa, fico com você.


O príncipe era um sapo

Que quando o amor acaba,

Te devolve para casa.

E sobra a saudade,

Que dói na gente.


E de filme em filme

Com sorvete e brigadeiro,

Percebi que preciso me apaixonar de novo...

Dessa vez, acordei achando tudo diferente!


.
(Rômulo Chaul)