29 de set. de 2011

Poema


Aperitivo


Apesar da advertência
“Não agite antes de beber”
Cai de cara nesse afago
Braços dados
Sussurros ao pé do ouvido
Querendo ver onde isso ia dar.


Prometi ao espelho
Parar antes do coração
Bater
Correr
Antes de tudo ganhar vida
Antes da bebida
Viciar


Satisfaz aos cantos
Doses e tantos
Outros pontos a remendar


Fugi tanto desse
Trago amargo,
Perigoso de tomar
Com medo do que sinto:
Minto!


Desde o começo a intenção era embriagar.


.
(Rômulo Chaul)

28 de set. de 2011

Poema


Novidade

Eu estava tranqüila,
Não em paz como desejava
Mas conformada com a
Situação que vivia

Achava que não merecia
Ou não poderia querer
Jeitos que nunca tive
Mas seus versos me dissera:

“-Sim você pode, não se limite.”

Agora estou confusa
Tudo em grande rebuliço

Você chegou manso e calado
Sem muitas pretensões
(Aparentes)
Sem dar muito trabalho
Nem exigir algum serviço

Bagunçou meu coreto
Me acolheu em seus dedos
Abraços, pernas, suor e gemidos
Fazendo carícias em meus cabelos
Deixando meus lençóis mexidos.

Eu acendi minha placa de
Cilada!
E você atravessou
Como se não tivesse lido

.
(Rômulo Chaul)

20 de set. de 2011

Poema

Reencontro


Te vejo assim
Meio acanhada e nervosa
Sem saber como agir
Nessa situação.
Sem aceitar um não
E querer sem poder
Ser junto de quem não devia


Judia


Essa história marcada,
Pintada de utopia,
Foi ponto de chegada
Do amor que adormecia


Sofreu


Sem saber se queria
O amor de outrora
Que em outros tempos
Resolveu que podia
Chegou de tom pronto
E disse exposto:

Vem!

Acabou que bordou tecidos
E lavrou pitadas
Desse amor,
Meu também.


.
(Rômulo Chaul)

11 de set. de 2011

Observação


Ela desperta paixões
Tesões a flor da pele.
Distrai emoções,
Meninas e atenções
Estados que se diferem

Causa um ritmo sem intenções
Enciumando certos padrões
Propondo pingados
Aos que preferem.

Cilada!


Essa menina é emboscada
Tida como porta fechada
Apelos que se repelem
Dizendo muito
Em pouca estrada
Mentiras furadas
Amores que se preterem


.
(Rômulo Chaul)

2 de set. de 2011

Poema

Entrega


Alheios ao Carnaval
Que corria
Fundo eu olhava
E via, respirava
A resposta entalada,
A vontade contida.


Reprimida em apelos
Tais
Pelos que roçam
Mais
Sem nunca poder


-Ele não vai gostar


-Ele não precisa saber


.
(Rômulo Chaul)