30 de set. de 2007

Poema



Eu – Reticências – Você

Vai e não volta,
Aliás, volta, da meia volta.
Volta pra mim!

Desde que você se foi
Foi o vento,
Foi o Sol
Foram as nuvens brancas de Setembro!

No espelho do banheiro
As mensagens de amor
Que mancharam meu lençol.

De engano!

Volta!
Dá meia volta!
Não volta pra mim!

O vazio da casa, sem graça
É você aqui!
Há mais solidão num aeroporto?
Que nada!
E nosso quarto de amor barato?
Cadê o Atrito?
Cadê o Contrato?

Você, minha penicilina!
Minha bomba aérea,
Me atirando ao AR

Volta!
Volta menina!
Vem cá!

E você veio?
Não sei, não esperei,
Não fiquei pra ver o seu retorno!
Desta vez, você que se pergunte:
– Onde foi que eu errei !?

.

(Rômulo Chaul)

24 de set. de 2007

Poema de um ano

Futuro a dois

Há um ano, fizemos uma escolha,
Juntar destinos, mudar rotinas, atar nós.
Um erro grave que nós cometemos?
Que nada!
Até hoje me alegro só de ouvir tua voz!

Voz essa que preenche o AR
Ana e Rômulo!
Que junção boa!
Que bons frutos dará!

Depois de um ano e olhando pra traz,
Que amor nós vivemos!
Que histórias ainda teremos?
Nem sei...
Deixa rolar!

Deixa rolar a vida, que juntos ficaremos.
O amor só vai crescendo
E daqui pra frente?
Nosso futuro a dois, Deus trará!
.
(Rômulo Chaul)

20 de set. de 2007

Poema





Deserto / Dê certo

Andando nesse deserto me desencontro
Me perco nessa procura.
Procuro por você

Meu porto inseguro, sem foco, sem rumo
Meu perigo oportuno,
Amor de bambolê

Miragens, delírios, sonhos irreais
Eu sei qual é a graça desses amores ilegais

Miragens, delírios, amores naturais
Eu sei qual é a graça desses nossos carnavais

Nesse deserto em maré alta
Gente é o que não falta
O que falta mesmo é você

Com você não há nenhum vazio
E nem o maior dos vadios
Sabe mesmo o que é sofrer.
.
(Rômulo Chaul)

Poema


I’m really falling down

Já dizia o poeta.
Se você não está aqui,
Fico assim:
Triste, abatido, upside down.

Sempre que eu te vejo
Me dá vontade de voar...

... No seu pescoço!

Te enterrar no coração,
Viver a vida assim, sem gosto,
Com a dor do desgosto,
Solidão!

Sua presença me traz alegria
Me permito até sorrir.
Alegre, porém, me desconheço!
Vestido de utopia
Eu nem penso em desistir...

... Penso sim!

E quando isso acontece,
Morro!
Lembro do nosso final
Aí me vem o poeta:
- I’m really falling down

“- Azar o seu !”
.
(Rômulo Chaul)

10 de set. de 2007

Poema


A Procura

Procurei palavras para descrever
À vida ao seu lado
Procurei em lendas, poemas,
Aqui e ali, pesquisei tudo que é fato.

Procurei sentidos para expressar
Esse amor que sinto
Procurei em castelos e igrejas,
Acredite, eu não minto!

Procurei conselhos para agüentar
Essa dor que dá no peito
Procurei em parentes e amigos
Mas amor é confuso desse jeito

Procurei tanto por respostas
Para explicar o nosso amor
Procurei na vida e na poesia
A rima perfeita, que não seja ‘dor’

E antes que o dia acabe
Eu te direi:
Pra amor igual ao meu,
a única rima é você!
.
(Rômulo Chaul)

6 de set. de 2007

Sempre não é todo dia...


Hoje o dia nem está nada bom, mas como diria Homer Simpson: - Calma, hoje é o pior dia da sua vida, até agora! Então nada que me leve ao desespero...
Hehehehe
Que coisa mais emo, se bem que hj tem Nxzero na cidade (diga-se de passagem, que isso consegue me deprimir ainda mais) almoço ruim, pós-almoço pior ainda (se é que VC me entende) então nada melhor pra cura esse mix de tristeza e raiva do que Poemas de Marcos Caiado (Marcaiá) e uma música de Violins, se bem que Violins tem muito o que me convencer ainda...
Porém essa letra é boa!

Marcos Caiado

I

seja amor
ou love

love
ou amor

tome antes um engov
depois um anador.

II

esquece tudo o que eu disse
frases, juras, promessas.
: foi!... era tudo sandice!

esquece meu endereço,
a data daquele ingresso
e todo gosto do meu beiço.

esquece.esquece.esquece.

já que este amor moderno
pretere laços e acabamento,
cumprido está o seu papel.

gasta a reza em outro templo,
mesmo deus muda de céu.
iça a vela... salve o vento!

esquece!

III

você roubou
os meus salvo-condutos,

os meus lábios sujos
e minha ausência de parafusos...

roubou-me inúmeras dúzias
de preciosos 50 minutos.

abraços dementes, idades, idéias
e eus confusos.

você roubou a arquitetura
do meu educandário,

a margarida da praça, a praça,
e o relógio do rosário.

relegou meu abecedário
ao molho,
furou cada um
dos meus quase cem olhos:

- você me deixou!

IV

nada a declarar.
a não ser que estou cansado e sem escudos.
que depois que você foi embora, os deuses ficaram mudos.
que as borboletas voaram pra outros mundos
e eu fiquei só.
só eu e os meus cadernos,
à mercê dos mais profundos invernos...

nada a declarar:
a não ser que eu estou cansado e sem horizontes.
que depois da sua partida,
os amigos se debandaram aos montes
dizendo o quanto fiquei chato e intragável.
e quando até o automóvel se nega a dar partida,
repito comigo mesmo: coisas da vida... vai passar!
a droga, é que nunca passa.
o foda, é que tudo perdeu a graça.
(vale acrescentar!)

vale acrescentar
que, cada vez que bato à porta da alegria,
ela grita de longe: passa outro dia!
tá tudo muito escuro.
sequer o futuro acredita num claro despertar...
ficamos então combinados:
vou dormir com mais este maço de desagravos
e se por acaso acordar do meio deste pesadelo,
peço desculpas a ele.
viro de lado e digo: coisas da vida, amigo...
pode continuar!

....

Agora Violins

Atriz

Pode ser que eu não me convença ao ver você morrer
Que eu não veja paz em ver você sorrir
Mas quando você chora eu posso ser melhor por ser feliz
O que eu não posso é acordar com você gritando assim
Que vai pular e que eu nunca quis
Ver você se apresentar numa peça, eu sempre quis!
"mas nunca dá", você me diz
Vai saber quantos corpos jazem sob o seu poder
Quantos beijos você quis distribuir
E eu que nunca sei se você pensa mesmo em ser atriz
O que eu não posso é divulgar que você é boa atriz
Quis se matar pra quê? me diz!
Vir você me ameaçar depois de tudo o que eu te fiz
É só enxergar o seu nariz
Pro seu bem, eu não durmo mais

...

E eu, como aspirante a poeta, plagio:

Nada a declara:
só que estou com saudades.
que depois que você se foi, tudo perdeu sentido,
nada mais se faz entendido.
que a vida vã, me fez menino outra vez
pra poder brincar de amor
e o amor me fez homem,
já que menino não suporta DOR.

4 de set. de 2007

Os Tribalistas


Eu estou aqui fuçando na internet e ouvindo música, e resolvi 'ressuscitar' uma boa banda. OS TRIBALISTAS, a junção totalmente excelente entre Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Marisa Monte. É apenas um projeto paralelo deles, mas o CD é tão bom que bem que podia render um segundo 'reencontro'. Pq apesar de estarem sempre gravando música um do outro, mais um CD com os três valeria muito a pena!
Uma das minhas músicas preferidas do CD é "Um a um". Boa letra, boa melodia, bastante agradável de ouvir e como dizem as 'meninas', é bem "bunitinha".
A letra pra quem interessa!

"Eu não quero ganhar
Eu quero chegar junto
Sem perder
Eu quero um a um
Com você
No fundo não vê
Eu só quero dar prazer
Me ensina a fazer
Canção com você
Em dois
Corpo a corpo me perder
Ganhar
Você
Muito além do tempo regulamentar
Esse jogo não vai acabar
É bom de se jogar
Nós dois
Um a um"

Uma manhã bem acordada


4:00 h AM

- Acho que vou bebe uma água

5:55 h AM

- Nossa ainda dá pra durmir um pouquinho!

6:40 h AM

- "Minino vc ainda tá durmindo!?????"

- Ai meu Deus eu to atrasado!!!!!

3 de set. de 2007

Eu hoje encanei com Oswaldo Montenegro.


Nem sei ao certo o porquê. Eu gosto dele, acho que ele escreve bem, canta bem também, tocar eu já não sei, pq não entendo muito de música, mas hoje não sei o que me deu, encanei com ele.

Hoje eu estava na faculdade, ouvindo iPod e esperando a aula (Teoria da Imagem) começar e de repente eu vi lá na lista de artistas "Oswaldo Montenegro", aí já viu neh!? No frio da manhã, aquele clima propício pra depressão, que que tem rola um Oswaldo. Encanei, toda hora que dava um tempinho ouvia. Acho que ele meche com a gente.

Oswaldo tem talento pra escrever musica triste, isso é Fato! Eu pelo menos gosto muito mais das musicas tristes dele do que as alegres. Por exemplo, é "A Voz da Tela" e "Em Tempo". Mas nenhuma musica dele se supera, em tristeza, da "No final da brincadeira". Pensa numa musica tensa! Uma melodia forte somada a uma letra mais forte ainda!

É pra chora!

2 de set. de 2007

Poema


TPM

(para Ana Paula Machado)

Uma vez por mês
Tenho aquela sensação,
(Que me angustia e me reprime)
Como em poeta louco,
que
Trancado nas idéias,
se
Embriaga em um porão,
Se matando um pouco
Louco
E sem razão.

Não existo por completo.
Me irrito e te maltrato
Destrato,
Magôo.
E se sangra, passa!
Mas e tudo que se fez?
“- Releva, passa!”
A brincadeira não acaba,
A graça não escassa
Se você sangra uma vez por mês.

(Rômulo Chaul)