25 de ago. de 2016

Poema



Blasfêmia

Não sou santa, nem puta
Escuta:
Eu sou um pedaço de arte enfeitada

Glorificada de pé!
(Merecida permuta)

Eu sou os pés que mendigo
Alcança
Enquanto pede proteção
Do frio e da fome

Os mesmos pés
Que o pedófilo idolatra
Depois do sermão

- A batina esconde!

Não se engane
Talvez seja mesmo santa
Vestida de Batman, Mulher Maravilha
Mil e uma cores
Feito aquarela

Talvez seja eu mesma
A santa da igreja
E aquela do Vaca Amarela

.

(Romulo Chaul)