28 de ago. de 2012

Poema



Tara

Entre beijos e marcos
Pescoços amargos
Do meu bem querer
Quero mais marcas
E tragos
Perfumes escassos
Desse fuzuê

Sabe quantos
Lados
Que esse amor
Casto
Faz de tudo que quer?

Vem dado

Que o lado errado
Do seu bem me quer
Me faz escravo
Desse amor aos pigarros

E lambe o tanto que der

.
(Rômulo Chaul)

23 de ago. de 2012

Poema



Madrugada

Num sussurro
Quase mudo
Que vem
No escuro do quarto
Enquanto tramo
Outras tantas
Tranças de pernas

E o segundo
Quase surdo
Molhando outros
Tantos pulos:
Gritos que parecem guerra

São só gemidos de libertação

O bafo quente
Ao pé do ouvido
Entre dentes, lambidas
Gozo e gemidos
E a cara safada pedindo:
Bis

É só veneno de escravidão

Roça um tanto mais
Que eu assumo que quis:

Esse abraço,
O único lugar que me faz feliz

.
(Rômulo Chaul)