23 de nov. de 2011

Poema

Apelo


Por onde anda você
Em que bares, que vida
Que esquina se esconde
Em dupla com a solidão?


Por onde anda
Que não precisa mais da minha
Companhia
Que não quer mais saber dos meus
Requintes?


Vê se presta atenção
Nesse abandono
Me deixando de lado
Descalça de afagos
Nesse namoro com
Meio você.


Que só sai com seus amigos
Tomando dry martines
Junto com morgantines e afins
E que se perde em outra dança
Separado em sua esfera.


Isso cansa!


Se até de sono

...

Morre a espera.


.
(Rômulo Chaul)


22 de nov. de 2011

Poema

Vício


Quando acordo
E destoa
Seu bom dia
É que ele fica
Realmente bom


Ninguém mais quero
Ao lado,
Do seu lado da cama
Na trama de te buscar
No escuro


Ninguém mais quero
Como porto seguro
(Se não for você)


Se não for você
Com seu colo
e mania
De se preocupar


Importar com o que acontece
Em saber o que apetece
Meu coração


Quero mais doses
Desses seus cuidados
Mais tragos dos afagos
Difíceis de não viciar


É você morena
Droga que não canso de injetar


.
(Rômulo Chaul)

9 de nov. de 2011

Poema

Pétala


Você
Que tem vergonha
De foto
Mas não se cansa
De ser vista


Que se produz
Toda
Mas que foge
Do holofote


Tem meu amor e encanto
Reservados


Mesmo com seus
”Eu te amo”
Sussurrados
Como quem tem medo
Do que diz


Mas se lambuza
Com a tez corada
Fazendo cara de safada
Na hora de pedir bis


Você Morena
É um mundo
Que no mais breve
Segundo
Faz do meu, mais feliz.


Dessa vez a brincadeira deu “bem me quis”


.
(Rômulo Chaul)