1 de out. de 2015

Poema





Oralidade

O que eu sinto
Escondo muito bem
Daquele jeito
Que só se revela
Quando a gente se vê:

Olho no olho, faísca no ar.

Queria te agarrar
Pra matar essa saudade
E tirar mil dúvidas

-Você sempre vai me causar poesia

Quero te usar
Durante algumas horas
Alguns dias
Até arrotar você
E saber:

Você ainda tem cheiro de biscoito?

Ninguém mata saudade
Engolindo vontade
Ninguém mata saudade
Engolindo coito

Vem
Nu e cru
Prefiro que seja assim

Minhas pernas ao redor da sua cara
Enquanto se emborca
E escancara a tara
E me chupa:

Inteira
Tim tim por tim tim

.
(Romulo Chaul)