20 de jun. de 2024

Poema


 


Agrura

 

Dar tempo ao tempo

Nunca foi meu ponto forte

Nem por esporte ou necessidade

Eu sempre quero agora

Eu sempre quero tanto

Sem demora ou saber esperar

Eu meto os pés pelas mãos

E termino por errar

 

Dar tempo ao tempo

(Assumindo que eu não sei sarar?)

 

Eu sei que dessa vez foi feio

E o seu coração inseguro

Foi maltratado mais do que deveria

Merecia ou poderia querer

Sei de tudo que sente

Sei não que pude oferecer bom tom

A quem mais valia

 

Sei também que fica um gosto amargo

De padecer sem fim

Mesmo quando fala aos sussurros

(Eu te amo)

“Isso não mudou dentro de mim”


.

(Romulo Chaul)

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