25 de ago. de 2016

Poema



Blasfêmia

Não sou santa, nem puta
Escuta:
Eu sou um pedaço de arte enfeitada

Glorificada de pé!
(Merecida permuta)

Eu sou os pés que mendigo
Alcança
Enquanto pede proteção
Do frio e da fome

Os mesmos pés
Que o pedófilo idolatra
Depois do sermão

- A batina esconde!

Não se engane
Talvez seja mesmo santa
Vestida de Batman, Mulher Maravilha
Mil e uma cores
Feito aquarela

Talvez seja eu mesma
A santa da igreja
E aquela do Vaca Amarela

.

(Romulo Chaul)

Um comentário:

Rodrigo G. disse...

Sagrado Respeito

Nem vaca, nem puta
Nem enfeitada ou de burca
Tanto faz.
Errado mesmo é desrespeito,
tirar proveito,
perverter a paz

Represente uma mulher de vaca
E veja a ira dos mesmos babacas
A sair nas ruas e sujar calçadas
Querem platéia, mas não são nada

Manifesto de arte?
Porque usar a “mãe de tantos”
e não a mãe que herdas parte?

Que colocassem suas mães, então
Tão belas representadas, irmãos
Com as tetas de fora,
Como se fossem elas as vacas
Que tanto tu idolatras

Propaganda propagando ódio
Discórdia, Exódio
de uma comédia sem riso,
disputa sem pódio.