5 de mai. de 2011

Poema

U.T.I.

Quando a cabeça não pensa
O corpo padece.
Emudece, despe, sangra.
Quando pensa demais
Enlouquece, entristece, não samba.
Meio termo do caminho é que respalda

Faltam ares que expliquem,
Palavras...

Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos.
A boca cala.
Tudo é verso solto, visita sem sala
Emborcada, torta, morta,
Outra.

Chega.
Não mais a cabeça a prêmio
Coração na brasa em brasa louca.
Quero a quietude dos monges

Hora do rush nessa lambança de sentimentos
Finjo. Minto.
Escondo o que não se fala.

No mais, tudo é excesso
Que na garganta entala.

.
(Rômulo Chaul)

3 comentários:

Anônimo disse...

Cada vez melhor,

poeta.

Anônimo disse...

'No mais, tudo é excesso
Que na garganta entala.'

nem me fale!

Ana Carolina Castro disse...

lindo o poema afilhado... obrigada.