29 de abr. de 2011

Poema


Bem eu

Eu não gosto da bagunça

Do meio da pista, do frevo

Prefiro observar de canto

Enquanto vejo a zona passar

Eu odeio que me encostem

Cotovelo, bunda ou cerveja gelada

Só me deixem encontrar meu espaço

E simplesmente dançar

Eu odeio coração aflito

Pele de desconhecido

Gostar de quem não devia

- não me acordem antes do meio dia

O dia pra mim começa

Quando anoitece aqui

Eu gosto de carinho violento

De falar, estar certa

De não ter aonde ir.

Quem não me conhece

Que me compra mesmo.

O que aparento

É mais meio do que inteiro
Certeiro é quem erra

Em mim.

Não
insista em dar parecer

Ninguém sabe,

Mas eu tenho coração de moça

-Eu sou mole demais por dentro pra deixar todo mundo ver.

.

(Rômulo Chaul)

9 comentários:

yasmin disse...

adorei :)

Rodrigo Vilela. disse...

metade de mim é assim... e a outra também!

Danielen disse...

Você num tem num é só o coração de moça não, amiga. huahuahau
Brinks querido, adorei também!

Ana Carolina Castro disse...

ow, juro que sou eu. da primeira À última linha. principalmente a parte do "nao me acorde antes do meio dia" :D

chaul disse...

Esta devia estar no Livro,muito boa, a cara do cara

Ravana Lobo disse...

Pois é.Será clichê eu falar que vc me descreveu?Em meio a tantos comentários falando exatamente isso? Mas that's it!Falou tudo! Parabéns!

mamy disse...

Lembro do dia que li esse poema!!! Chorei da verdade sentida ali...
dura demais pra ser dita...
Te amo de montão!!!!

Bj jBj Bj

Mamy

Fernanda Young disse...
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Rômulo Chaul disse...
Este comentário foi removido pelo autor.