18 de ago. de 2009

Poema

Descoberta

Eu sei que assim como eu,
Você sente
Pode até negar, finge que não vê
Mas no fundo sabe que é inevitável
O sentimento reprimido, a vontade escondida
Um fingir inabalável

É estranho,
Tão pouco tempo, tanta saudade!
Na solidão da minha noite, te grito
Te busco na companhia do meu filme solitário
E nem mesmo o mais alegre canário
Canta!
(Quando você não está aqui!)

Quando você não está aqui
O tempo é eterno,
A ferida não cura, a dor não passa
A felicidade é um trem distante
Que insisto em perder
A alegria é visita tardia,
Que sempre diz:
- Eu passo outro dia!

Se é que passa...
Dormir fica impossível
Transito noites em claro
E assim:
Percebo o quanto sou falho.

Nunca fui o que você queria!
Até que fui bem, no começo
Nós sempre somos,
Mas ai o trem desanda,
O amor sai de compasso
Amar vira uma folia...
E é nessa hora que percebo:

Depois do brilho a agonia!

.
(Rômulo Chaul)

Um comentário:

Melina disse...

"Aff...que memória ruim."

É lindo