4 de jul. de 2023

Poema

 



Credo


Eu que fiz de você amor e vida

Tão depressa

Desaprendi a amar e viver

Fui ver

Quanto brilho ainda tinha na retina

Quão forte ainda batia

A sina de te querer


É menina, você já foi razão do meu sofrer


E mesmo assim

O amor se estrepou em feridas

Esborrachou no céu da sua neblina

E fez do dia, noite

Fez do clímax

Açoite da sorte de te amar


É menina, você já foi razão do meu penar


Hoje, distante o leito

Distante o peito

Distante tudo que já fomos nós

E mesmo assim

Uma constante perpetua

O fel que foi ser tua

Nesse longínquo obliquo de nós dois


É menina, você é a razão

O fim

O começo

E quem sabe o depois...

.

(Romulo Chaul)

Um comentário:

Anônimo disse...

Que bom que voltou a escrever! Fico muito feliz por isso, muitos amores e versos pra você! J.