13 de mar. de 2012

Poema

Artifício


Vida presa na tela
Da palma da mão
Dela
Sem poder de opinião


Cabe naquele
Tonto
Um conto de noivado
Queimado a ferro e a fogo
Em asas de querubim


(Era?)
Amor!
(Viela do meu botequim)


Não mais a minha
Tatuagem no céu
Da sua boca íngreme


Não mais abraços
Dados passos que oprimem
Vendo escorre saliva
Na testa dos que me dizem:


(Em vão!)


Não mais ameaças
De arrumar comparsas
Pro seu manequim


Encerra-se essa novela
Enquanto lanço meu estopim


.
(Rômulo Chaul)

Um comentário:

Nasr Chaul disse...

Os poemas vão ficando maduros à medida que a vida envelhece as palavras...lindos