17 de set. de 2009

Poema



Não era


"Não era amor, era uma sorte.

Não era amor, era uma travessura.

Não era amor, eram dois celulares desligados...

Eu não amei aquele cara.

Eu tenho certeza que não.

Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada


Onde é que eu estava com a cabeça,

De acreditar em contos de fada,

De achar que a gente muda o que sente...

Talvez eu não seja adulta o suficiente

Para brincar tão longe do meu pátio,

Do meu quarto, das minhas bonecas..."

Das minhas pálidas verdades indiscretas


Não era amor, era uma brincadeira.

Não era amor, era balão sem ar.

Não era amor, eram dois corações perdidos...

Eu não amei aquele cara

Mas mesmo com o fim,

Sinto que falta algo, um pedaço de mim que lá ficou.


Onde é que eu estava com a cabeça,

De acreditar que tudo é pra sempre,

De achar que o grande amor existe...

Talvez eu não seja mulher o suficiente

Para sair de casa sem proteção,

Achar que minhas defesas me valem

Que nada me atinge...

Talvez meu padrão seja a imperfeição...

A dúvida persiste.


.

(Rômulo Chaul)

4 comentários:

Anônimo disse...

Rômulo,
Vc vai ter que me emprestar, me doar este poema para o meu blog. Preciso fazer umas divagações obre ele. empresta?
Lindo!

Rodrigo Vilela. disse...

A dúvida persiste. Tô bobo! Que texto maravilhoso... adorei o eu-lírico. rs. Isso sim é que é talento.

Melina disse...

Uau...

Anônimo disse...

quer namorar comigo
só posso dizer isso pra quem escreveu sem saber q era p mim
rs
beijos