7 de jul. de 2009

E num é que ela escreve...

Morre na praça
a alma do artista,
do último fascista,
do compositor

Onde haviam cores
murcham-se as flores
exalando rumores
de uma notória decepção

E eu
- deixa pra lá, que chatice!
Permaneço no
meu mundo cinza
sem olhar para o chão

E se você passa
não vejo, não ligo
não faço, nem digo
ligo, desligo.
Não faço questão

E se você olha
não deixo vestígio
nem se quer um sorriso
e cuspo no chão

Na vida mais ou menos
sou lá, nem cá,
sou lugar algum
- Eu gosto do relento!
E não espero
em nenhum momento
que você volte pra mim.

Tenho ânsia do teu cheiro
agonizo teu tempero
sem graça,
sem respeito,
corra atrás,
se assim condiz.
Eu arrebito meu nariz
e permaneço na minha ira:
- Eu não te quero mais!

Mentira!

.
(Paloma)

Um comentário:

Anônimo disse...

E num é que ela escreve(2)..
gostei q tu colocou aqui!
beijos