Blasfêmia
Não sou santa, nem puta
Escuta:
Eu sou um pedaço de arte enfeitada
Glorificada de pé!
(Merecida permuta)
Eu sou os pés que mendigo
Alcança
Enquanto pede proteção
Do frio e da fome
Os mesmos pés
Que o pedófilo idolatra
Depois do sermão
- A batina esconde!
Não se engane
Talvez seja mesmo santa
Vestida de Batman, Mulher Maravilha
Mil e uma cores
Feito aquarela
Talvez seja eu mesma
A santa da igreja
E aquela do Vaca Amarela
.
(Romulo Chaul)
Um comentário:
Sagrado Respeito
Nem vaca, nem puta
Nem enfeitada ou de burca
Tanto faz.
Errado mesmo é desrespeito,
tirar proveito,
perverter a paz
Represente uma mulher de vaca
E veja a ira dos mesmos babacas
A sair nas ruas e sujar calçadas
Querem platéia, mas não são nada
Manifesto de arte?
Porque usar a “mãe de tantos”
e não a mãe que herdas parte?
Que colocassem suas mães, então
Tão belas representadas, irmãos
Com as tetas de fora,
Como se fossem elas as vacas
Que tanto tu idolatras
Propaganda propagando ódio
Discórdia, Exódio
de uma comédia sem riso,
disputa sem pódio.
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