Pressuposto
Eu, poeta de meia tigela
A procura de palavras para descrever o que sinto
Tudo minha culpa, não minto
Quando morre de fome a espera, a vontade
E tudo que há de bonito
E no fim
Fica a sensação de nada alcançado
Essa noite eu te vi nos meus sonhos
E você estava tão bonita
Pena que chorava e dizia que não podia ficar
Eu chorei
E acordei com medo, suado e sem ar
É assim que levo a vida ultimamente
Esperando o amor voltar
Como quem bata a porta sem pretensão
E diz:
- Estou aqui, pode voltar a ser feliz
Uma vida inteira a espera disso
Um ano inteiro esperando o corpo sarar
A falta que faz você
É uma abstinência rotineira da sua risada
Do seu cheiro e do seu olhar
Eu, morrendo e vivendo
Nesta sina constante de te esperar
.
(Romulo Chaul)
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