U.T.I.
Quando a cabeça não pensa
O corpo padece.
Emudece, despe, sangra.
Quando pensa demais
Enlouquece, entristece, não samba.
Meio termo do caminho é que respalda
Faltam ares que expliquem,
Palavras...
Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos.
A boca cala.
Tudo é verso solto, visita sem sala
Emborcada, torta, morta,
Outra.
Chega.
Não mais a cabeça a prêmio
Coração na brasa em brasa louca.
Quero a quietude dos monges
Hora do rush nessa lambança de sentimentos
Finjo. Minto.
Escondo o que não se fala.
No mais, tudo é excesso
Que na garganta entala.
.
(Rômulo Chaul)
3 comentários:
Cada vez melhor,
poeta.
'No mais, tudo é excesso
Que na garganta entala.'
nem me fale!
lindo o poema afilhado... obrigada.
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