15 de dez. de 2011

Poema

Lição


Eu que já andei
Tão perdido e
Cansado
Foi em rumo a você
Que encontrei paz.

E mais,
encontrei o plano
De fuga perfeito
Afago em seu peito
Encontrei com quem seguir

E fugir do tédio e da rotina,
Cansado de ser gente grande,
Querendo mais filme e colo
Logo,
Em seu abraço encontro um lar.

Aqui, lá

Onde a rima encaixar
Eu e você
E ninguém pra perturbar.


Chega mais junto morena
Pra aprender o que é amar


.
(Rômulo Chaul)

23 de nov. de 2011

Poema

Apelo


Por onde anda você
Em que bares, que vida
Que esquina se esconde
Em dupla com a solidão?


Por onde anda
Que não precisa mais da minha
Companhia
Que não quer mais saber dos meus
Requintes?


Vê se presta atenção
Nesse abandono
Me deixando de lado
Descalça de afagos
Nesse namoro com
Meio você.


Que só sai com seus amigos
Tomando dry martines
Junto com morgantines e afins
E que se perde em outra dança
Separado em sua esfera.


Isso cansa!


Se até de sono

...

Morre a espera.


.
(Rômulo Chaul)


22 de nov. de 2011

Poema

Vício


Quando acordo
E destoa
Seu bom dia
É que ele fica
Realmente bom


Ninguém mais quero
Ao lado,
Do seu lado da cama
Na trama de te buscar
No escuro


Ninguém mais quero
Como porto seguro
(Se não for você)


Se não for você
Com seu colo
e mania
De se preocupar


Importar com o que acontece
Em saber o que apetece
Meu coração


Quero mais doses
Desses seus cuidados
Mais tragos dos afagos
Difíceis de não viciar


É você morena
Droga que não canso de injetar


.
(Rômulo Chaul)

9 de nov. de 2011

Poema

Pétala


Você
Que tem vergonha
De foto
Mas não se cansa
De ser vista


Que se produz
Toda
Mas que foge
Do holofote


Tem meu amor e encanto
Reservados


Mesmo com seus
”Eu te amo”
Sussurrados
Como quem tem medo
Do que diz


Mas se lambuza
Com a tez corada
Fazendo cara de safada
Na hora de pedir bis


Você Morena
É um mundo
Que no mais breve
Segundo
Faz do meu, mais feliz.


Dessa vez a brincadeira deu “bem me quis”


.
(Rômulo Chaul)

29 de set. de 2011

Poema


Aperitivo


Apesar da advertência
“Não agite antes de beber”
Cai de cara nesse afago
Braços dados
Sussurros ao pé do ouvido
Querendo ver onde isso ia dar.


Prometi ao espelho
Parar antes do coração
Bater
Correr
Antes de tudo ganhar vida
Antes da bebida
Viciar


Satisfaz aos cantos
Doses e tantos
Outros pontos a remendar


Fugi tanto desse
Trago amargo,
Perigoso de tomar
Com medo do que sinto:
Minto!


Desde o começo a intenção era embriagar.


.
(Rômulo Chaul)

28 de set. de 2011

Poema


Novidade

Eu estava tranqüila,
Não em paz como desejava
Mas conformada com a
Situação que vivia

Achava que não merecia
Ou não poderia querer
Jeitos que nunca tive
Mas seus versos me dissera:

“-Sim você pode, não se limite.”

Agora estou confusa
Tudo em grande rebuliço

Você chegou manso e calado
Sem muitas pretensões
(Aparentes)
Sem dar muito trabalho
Nem exigir algum serviço

Bagunçou meu coreto
Me acolheu em seus dedos
Abraços, pernas, suor e gemidos
Fazendo carícias em meus cabelos
Deixando meus lençóis mexidos.

Eu acendi minha placa de
Cilada!
E você atravessou
Como se não tivesse lido

.
(Rômulo Chaul)

20 de set. de 2011

Poema

Reencontro


Te vejo assim
Meio acanhada e nervosa
Sem saber como agir
Nessa situação.
Sem aceitar um não
E querer sem poder
Ser junto de quem não devia


Judia


Essa história marcada,
Pintada de utopia,
Foi ponto de chegada
Do amor que adormecia


Sofreu


Sem saber se queria
O amor de outrora
Que em outros tempos
Resolveu que podia
Chegou de tom pronto
E disse exposto:

Vem!

Acabou que bordou tecidos
E lavrou pitadas
Desse amor,
Meu também.


.
(Rômulo Chaul)

11 de set. de 2011

Observação


Ela desperta paixões
Tesões a flor da pele.
Distrai emoções,
Meninas e atenções
Estados que se diferem

Causa um ritmo sem intenções
Enciumando certos padrões
Propondo pingados
Aos que preferem.

Cilada!


Essa menina é emboscada
Tida como porta fechada
Apelos que se repelem
Dizendo muito
Em pouca estrada
Mentiras furadas
Amores que se preterem


.
(Rômulo Chaul)

2 de set. de 2011

Poema

Entrega


Alheios ao Carnaval
Que corria
Fundo eu olhava
E via, respirava
A resposta entalada,
A vontade contida.


Reprimida em apelos
Tais
Pelos que roçam
Mais
Sem nunca poder


-Ele não vai gostar


-Ele não precisa saber


.
(Rômulo Chaul)

29 de ago. de 2011

Poema

Aposta


“Ninguém nunca me ganhou
assim tão rápido”
Eu te sussurro ao pé do ouvido
Enquanto me entrego
A carícias, promessas e ideais,
Jurando que você é
Meu príncipe no cavalo branco


Me perco um tanto
Na tentativa de ter você
Encerro uma vida
Outros sonhos, vários planos
Parto outros tantos
Contos de amor.


“-Nada mais importa”


Encaro horas de viagem
Uma carona suja
Só pra te ter mais por perto
Só pra ver se isso me anima


Seu charme, seu estilo
Seu cabelo e mimo
De gente viajada,
Mundo que deixa encantada
Essa minha visão de menina.


“-É assim que a vida ensina”

Agora me entrego
Caindo de cara, expondo a tara
Dessa nossa relação.
Sem me preocupar com maiores esquetes

Estou apostando tudo em você

Não me sacaneia.

“-Promete?”


.
(Rômulo Chaul)