"alguma coisa a gente tem que amar
mas o que não sei mais..."
29 de jan. de 2009
28 de jan. de 2009
Poema
Desejo e Necessidade
Eu tenho vontade de te ligar
E ouvir sua voz questionar
“Alô?”
Eu tenho vontade de arrebentar
A porta da sua casa, só pra te ver dizer
“Endoidou?”
Eu tenho vontade de te matar de beijos
E confirmar em seu corpo
“Arrepiou?”
Eu tenho vontade de voltar no tempo
E não ter que acreditar
“Acabou!”
.
(Rômulo Chaul)
Postado por Rômulo Chaul
27 de jan. de 2009
Adaptação
O Mártir do Meu Amor Por Você
Ela tinha 17 anos e 1,75 de altura
Em uma multidão de adolescentes,
Saindo do zoológico.
Ela tropeçou, começou a deslizar e a cair
Cambaleou e deu de cara
Com uns sapatos de couro
Aconteceu deu pegá-la e dizer:
”Talvez estes sapatos de rubi sejam
um pouco enfadonhos para você”
Talvez para você, agora...
Mas não tão instável quanto devo ter aparentado,
Falando besteiras através do seu sorriso,
Pequeno sonho adolescente.
E no telefone eu não consegui competir
Minha falsa competência de amor burro
Estava ficando fraca.
Por um segundo eu pensei ter soado doce
Mas certamente, uma voz sem vida e melancólica
Eu me ouvi falando...
Eu poderia ficar um pouco
Mas cedo ou tarde,
Vou destruir seu sorriso
E eu posso contar uma piada
Mas um dia desses,
Estou fadado a engasgar.
Podemos dividir um beijo,
Mas eu sinto que não posso continuar com isso
E aposto que poderíamos construir um lar
Mas eu sei que a coisa certa a fazer,
É te deixar em paz.
Deixar em paz, agora...
Estou começando a gostar de você
Então dificilmente vai entender,
O que eu estou prestes a fazer.
Eu estou me afastando de você,
O que possivelmente não faz o menor sentido,
Mas eu estou tentando te salvar
De todas as coisas que
Provavelmente direi ou farei
Eu provavelmente farei...
Você certamente vai me chamar de tolo
E dizer que estou fazendo exatamente
O que um covarde faria.
Estou começando a gostar de você
É uma vergonha!
Essa forma detestável de viver
Mas o que eu posso fazer?
Eu espero que você aprecie o que estou fazendo,
Sou o mártir do meu amor por você..
.
(Jack White/ Rômulo Chaul)
Postado por Rômulo Chaul
24 de jan. de 2009
Poemette

Você não merece esse poema
Portanto ele não tem razão de ser
Você não merece esse poema
E nem sei por que insisto em escrever
Você não merece esse poema...
Postado por Rômulo Chaul
Poema
Por mais que eu tente não escrever
Tudo em mim leva a crer
Que essa válvula é mais segura
Que os humanos que convivo
Vivo assim a pensar,
Que a sina de desabafar
Com caneta e papel,
É apenas compulsão
Desse poeta torto.
Por sofrimento se fez,
Noiva sem grinalda,
Que sempre ‘recasa’
Todo dia 23...
Postado por Rômulo Chaul
21 de dez. de 2008
Poema
Sim,
Estou com saudades de um tempo, que não volta mais
Estou com saudade de andar na rua e achar graça
De tudo aquilo que reluz.
Hoje, aos prantos, grito aos quatro cantos:
-Pra onde você se foi?!!
E foi de tal jeito que nem deixou rastros
Para esses braços castos, em que um dia se deitou.
E eu te amei como jamais poderia.
E por ironia, não sei mais o que é sorrir
Aliás, “sorrir” virou minha sina
Sorrio para os velhos e para as meninas
Sorrio como o triste palhaço
Que a todos diverte, tentando disfarçar
E por mais alegre que pareça a dor do palhaço
Sua tristeza se percebe no olhar
Saudade!
Filme em preto e branco
Sonhando sandices,
De Guimarães
Rosa que corta o peito, e com todo respeito,
Confirmo:
Toda saudade é uma espécie de velhice!
Postado por Rômulo Chaul
1 de dez. de 2008
Música e eu
Dois Barcos
Quem bater primeiro a dobra do mar
Dá de lá bandeira qualquer, aponta pra fé
E rema
É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto teus sinais
Pode ser da vida acostumar
Será, Morena?
Sobre estar só, eu sei
nos mares por onde andei
devagar
dedicou-se mais o acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?
.
(Marcelo Camelo)
Postado por Rômulo Chaul
6 de nov. de 2008
Poema
ILHA
Lembra daquela noite
Barcos a vela sob a luz do luar
Lembra da brisa suave percorrendo
Nosso amor de frente ao mar?
O parque e as ruas vazias
Nos leva ao porto,
Final feliz de nós dois
E os fantasmas se escondem
Sob o brilho hipnótico
Desse amor torto
E você por onde foi?
Lembra daquela noite
Amantes fugiam, o calor e as risadas
Lembra da cor da estrelas
Nós dois esparramados na calçada?
Tudo era nosso e a cidade,
Fantasma do passado,
Estendia as mãos
Aos amantes alados
Entre sonhos, estrelas do passado
Crianças correndo sem direção
Velas queimavam
Mas a Igreja estava deserta!
E eu por onde fui?
Lembra daquela noite?
.
(Rômulo Chaul)
Postado por Rômulo Chaul
26 de out. de 2008
Musica e eu
Quis nunca te perder
tanto que demais
via em tudo céu
fiz de tudo cais
dei-te pra ancorar
doces deletérios
E quis ter os pés no chão
tanto eu abri mão
que hoje eu entendi
sonho não se dá
é botão de flor
o sabor do fel
é de cortar
Eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu, muito bem
Quis nunca te ganhar
tanto que forjei
asas nos teus pés
ondas pra levar
deixo desvendar
todos os mistérios
Sei tanto te soltei
que você me quis
em todo o lugar
lia em cada olhar,
quanta intenção
eu vivia preso
Eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu
o que eu queria, o que eu fazia, o que mais?
alguma coisa a gente tem que amar
mas o que não sei mais
Os dias que eu me vejo só
são dias que eu me encontro mais
e mesmo assim eu sei também
existe alguém pra me libertar
.
(Rodrigo Amarante)
Postado por Rômulo Chaul