ILHA
Lembra daquela noite
Barcos a vela sob a luz do luar
Lembra da brisa suave percorrendo
Nosso amor de frente ao mar?
O parque e as ruas vazias
Nos leva ao porto,
Final feliz de nós dois
E os fantasmas se escondem
Sob o brilho hipnótico
Desse amor torto
E você por onde foi?
Lembra daquela noite
Amantes fugiam, o calor e as risadas
Lembra da cor da estrelas
Nós dois esparramados na calçada?
Tudo era nosso e a cidade,
Fantasma do passado,
Estendia as mãos
Aos amantes alados
Entre sonhos, estrelas do passado
Crianças correndo sem direção
Velas queimavam
Mas a Igreja estava deserta!
E eu por onde fui?
Lembra daquela noite?
.
(Rômulo Chaul)
6 de nov. de 2008
Poema
Postado por Rômulo Chaul
26 de out. de 2008
Musica e eu
Condicional
Quis nunca te perder
tanto que demais
via em tudo céu
fiz de tudo cais
dei-te pra ancorar
doces deletérios
E quis ter os pés no chão
tanto eu abri mão
que hoje eu entendi
sonho não se dá
é botão de flor
o sabor do fel
é de cortar
Eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu, muito bem
Quis nunca te ganhar
tanto que forjei
asas nos teus pés
ondas pra levar
deixo desvendar
todos os mistérios
Sei tanto te soltei
que você me quis
em todo o lugar
lia em cada olhar,
quanta intenção
eu vivia preso
Eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu
o que eu queria, o que eu fazia, o que mais?
alguma coisa a gente tem que amar
mas o que não sei mais
Os dias que eu me vejo só
são dias que eu me encontro mais
e mesmo assim eu sei também
existe alguém pra me libertar
.
(Rodrigo Amarante)
Quis nunca te perder
tanto que demais
via em tudo céu
fiz de tudo cais
dei-te pra ancorar
doces deletérios
E quis ter os pés no chão
tanto eu abri mão
que hoje eu entendi
sonho não se dá
é botão de flor
o sabor do fel
é de cortar
Eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu, muito bem
Quis nunca te ganhar
tanto que forjei
asas nos teus pés
ondas pra levar
deixo desvendar
todos os mistérios
Sei tanto te soltei
que você me quis
em todo o lugar
lia em cada olhar,
quanta intenção
eu vivia preso
Eu sei é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim
do que eu preciso é lembrar, me ver
antes de te ter e de ser teu
o que eu queria, o que eu fazia, o que mais?
alguma coisa a gente tem que amar
mas o que não sei mais
Os dias que eu me vejo só
são dias que eu me encontro mais
e mesmo assim eu sei também
existe alguém pra me libertar
.
(Rodrigo Amarante)
Postado por Rômulo Chaul
21 de out. de 2008
Paquetá por mim
Ah! Eu sei
É assim,
Distante você,
Lá,
Longe enfim.
Mas nada,
Creio eu,
Basta ao pó
Que sou
Assim:
Sem você em mim!
Você queimou o amor
Eu sei
Nada resta agora, só!
A nossa vida, por fim,
Não vi,
Como foi dar esse nó.
E desse nó eu vi sair
Um estranho em meu lugar
De fato é bizarro, aqui,
Noite sem luar.
.
(Rômulo Chaul)
Postado por Rômulo Chaul
20 de out. de 2008
Poema

Aonde embarca minha goianidade
Nesse Eu - sertão?
Aonde encontro um sentido
Nesse marasmo?
Estado casado com o descaso
Êta Goiás ão!
Levanta e anda,
Vai rumo a
Civilização!
.
(Rômulo Chaul)
Postado por Rômulo Chaul
16 de out. de 2008
8 de out. de 2008
Poemette
Sim,
Eu não sei voar
Pois parte de mim é objeto direto
Enquanto outra parte, aquela que faz chorar,
Não passa de poesia concreta!
Sim,
Eu não sei voar...
Eu não sei voar
Pois parte de mim é objeto direto
Enquanto outra parte, aquela que faz chorar,
Não passa de poesia concreta!
Sim,
Eu não sei voar...
.
(Rômulo Chaul)
Postado por Rômulo Chaul
1 de out. de 2008
Música e eu
Choro contigo barco
Pela praia que deixas
Pelo sol que se deita
Longe das pedras do cais
Choro contigo barco
Manhã talvez não chore mais
Choro meu choro parco
Neném que a mãe não mais aleita
Choro a caça que espreita
Bem perto à mira do algoz
Choro catarinetas
Manhã alguém chora por nós
Choro contigo barco
Nas ondas vagas incertas
As nossas velas abertas
São ferramentas do caos
Chore comigo barco
A sina de todas as naus
Choro saber que os açudes
Não são o mar,
Que não se pode guardar
Em alguidares de areia
Choro o destino das sereias
E o desatino do astrolábio
Choro saber que o homem sábio
Pode morrer
Se não souber nadar
Pela praia que deixas
Pelo sol que se deita
Longe das pedras do cais
Choro contigo barco
Manhã talvez não chore mais
Choro meu choro parco
Neném que a mãe não mais aleita
Choro a caça que espreita
Bem perto à mira do algoz
Choro catarinetas
Manhã alguém chora por nós
Choro contigo barco
Nas ondas vagas incertas
As nossas velas abertas
São ferramentas do caos
Chore comigo barco
A sina de todas as naus
Choro saber que os açudes
Não são o mar,
Que não se pode guardar
Em alguidares de areia
Choro o destino das sereias
E o desatino do astrolábio
Choro saber que o homem sábio
Pode morrer
Se não souber nadar
.
(Chico César)
Postado por Rômulo Chaul
Poemette
Entre uma anotação e outra
Me perco no mundo da poesia
Que insensata busca é essa
Pela insensatez de uma rima vazia?
....
Me perco no mundo outra vez
- Mas agora a rima ficou fria!
.
(Rômulo Chaul)
Postado por Rômulo Chaul
13 de set. de 2008
Poema
Sexta à noite
Se no fundo calo tudo que sinto
Minto, pra que tudo que é fundo
Sinta na voz do meu ‘calo’
A resposta do eu imundo.
O jazz e o blues que embalam
Minha insônia dessa noite,
Traduzem enfim, tudo que
Canto triste, por mim:
Eu morri milhares de vezes antes
De pensar em matar esse amor
E agora que estou decidido
A me trair de vez,
Vem você, forçar a idéia
De que foi tudo Insensatez?
Por pior que tenha sido
Fica ainda a idéia do adeus não dito
Do abraço não dado, do beijo não despedido
Ficam somente as recordações
Da agressão verbalizada,
A frustração transparecida e o amor banalizado
O jeito é ir sem jeito, pra que o calor da despedida
Não alimente falsas esperanças de algo
Que poderia ter sido, foi e ainda sim, não vingou...
.
(Rômulo Chaul)
Se no fundo calo tudo que sinto
Minto, pra que tudo que é fundo
Sinta na voz do meu ‘calo’
A resposta do eu imundo.
O jazz e o blues que embalam
Minha insônia dessa noite,
Traduzem enfim, tudo que
Canto triste, por mim:
Eu morri milhares de vezes antes
De pensar em matar esse amor
E agora que estou decidido
A me trair de vez,
Vem você, forçar a idéia
De que foi tudo Insensatez?
Por pior que tenha sido
Fica ainda a idéia do adeus não dito
Do abraço não dado, do beijo não despedido
Ficam somente as recordações
Da agressão verbalizada,
A frustração transparecida e o amor banalizado
O jeito é ir sem jeito, pra que o calor da despedida
Não alimente falsas esperanças de algo
Que poderia ter sido, foi e ainda sim, não vingou...
.
(Rômulo Chaul)
Postado por Rômulo Chaul
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